A mulher no budismo
Ananda um grande discípulo de Sidarta Gautama ( o Buda ) certa vez interrogou-o como deveria comportar-se em relação às mulheres. O dialogo entre Sidarta e Ananda, constante no Mahaparinibbana Sutta, teria sido o seguinte :
No caso Sidarta em sintese dizia que se uma mulher desejasse realmente o caminho da redenção isto só seria possível se viesse a renascer homem já que tanto a experiência da maternidade seria limitadora para haver um verdadeiro desprendimento espiritual necessário para atingir o Nirvana quanto também a mulher que abdicasse de seu papel de mãe renegaria aquilo que é seu karma e por via de efeito trilharia um caminho que a levaria para longe da Iluminação .
Todavia, não pense que qualquer homem está pronto para atingir a Iluminação já que o entendimento de Sidarta era que seus ensinamentos estavam foram do alcance da compreensão da grande maioria : ´´ A minha doutrina é profunda , difícil , árdua , para ser compreendida : sublime e digna de somente ser conhecida pelo sábio ´´
Deste modo muito embora Sidarta fosse totalmente acessível a toda e qualquer pessoa aos quais dirigia seus ensinamentos de maneira indistinta o fato é que ele considerava(com grande razão) quem nem todos estavam preparados para assimilar o que tinha a dizer.
Em verdade não só no budismo mas sim em qualquer religião a doutrina é vivenciada em sua plenitude por bem poucos e menos ainda entre os fiéis são os que entendem na integralidade digamos ´teológica´ o teor real dos ensinamentos em cada credo religioso.
Nesta perspectiva, digo sem receio que ao meu ver a maioria esmagadora cultiva em relação a sua própria religião uma visão tanto equivocada quanto oportunista na interpretação, isto é, pegam no corpo da doutrina e ritos de sua religião aquilo que lhes é mais ´conveniente´ para seguir e deixam de lado tudo mais que figure como ´obstáculo ´. É uma realidade mais que óbvia só que Sidarta foi um dos poucos fundadores de uma religião que teve a intuição em perceber isto.
De toda maneira em relação as mulheres dá para sentir que Sidarta teve sim uma certa atitude discriminatória, muito embora aleguem que ele apenas reconhecia ( ou refletia ? ) os preconceitos da sociedade em que vivia onde as mulheres não só não podiam participar de qualquer comunidade espiritual como tinham que ficarem submetidas a uma autoridade masculina ( estamos falando no caso da Índia do século VI / V a.C )
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